quarta-feira, 26 de agosto de 2009

DÁ UMA SAUDADE DA MINHA TERRA





MORRO VELHO




No sertão da minha terra,

fazenda é o camarada que ao chão se deu

Fez a obrigação com força,

parece até que tudo aquilo ali é seu

Só poder sentar no morro e ver tudo verdinho, lindo a crescer

Orgulhoso camarada, de viola em vez de enxada



Filho do branco e do preto, correndo pela estrada atrás depassarinho

Pela plantação adentro, crescendo os dois meninos, sempre pequeninos

Peixe bom dá no riacho de água tão limpinha, dá pro fundo ver

Orgulhoso camarada, conta histórias prá moçada

Filho do senhor vai embora, tempo de estudos na cidade grande

Parte, tem os olhos tristes, deixando o companheiro na estação distante

Não me esqueça, amigo, eu vou voltar, some longe o trenzinho ao deus-dará



Quando volta já é outro, trouxe até sinhá mocinha para apresentar

Linda como a luz da lua que em lugar nenhum rebrilha como lá

Já tem nome de doutor, e agora na fazenda é quem vai mandar.

E seu velho camarada, já não brinca mais,trabalha.

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