
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Fernando Pessoa pra você

Para minha amiga Eunides, pensei nela e ela me achou
Encontros e Despedidas
Composição: M. Nascimento E F. Brant
Mande notícias do mundo de lá
Diz quem fica
Me dê um abraço, venha me apertar
Tô chegando
Coisa que gosto é poder partir
Sem ter planos
Melhor ainda é poder voltar
Quando quero
Todos os dias é um vai-e-vem
A vida se repete na estação
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que vai e quer ficar
Tem gente que veio só olhar
Tem gente a sorrir e a chorar
E assim, chegar e partir
São só dois lados
Da mesma viagem
O trem que chega
É o mesmo trem da partida
A hora do encontro
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Amigos!
palavras do John
Hoje quero falar um pouquinho de sabedoria milenar.
Nas primeiras vezes que li um versículo de Paulo aos Romanos, por mais que me esforçasse, eu não conseguia entender o verdadeiro significado de suas palavras.
“Portanto, és indesculpável, ó homem, quando julgas, quem quer que sejas; porque, no que julgas a outro, a ti mesmo te condenas; pois praticas as próprias coisas que condenas”.
Romanos 2: 1
Porem, na medida em que eu me exercitava para aprender não julgar, e começava a obter um tímido êxito nesta difícil tarefa, eu conseguia entende-las melhor.
Porque julgar não ajuda, não favorece, não alegra.
Ao contrário, sempre que julgamos nos sentimos mal com aquele sentimento, e por isto mesmo “a ti mesmo te condenas”.
E não é apenas o mau julgamento que nos traz a auto condenação, os bons também, pois quando você sente dó de alguém e não faz nada para ajuda-lo, você estará apenas julgando, e por este gesto carregando uma dor que não lhe pertencia antes de julga-lo.
É um bom exercicio, vale a pena tentar....
John.
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Amanda - Feliz aniversário!

Amanda - aquela que deve ser muito amada
Antônio Marcos
Composição: Taiguara
Amanda,
Vencido em meu castigo,
Eu trago a paz comigo
De volta pra ficar.
Amanda,
Recolhe meus pedaços,
Me acolhe nos teus braços,
Tome espaço dessa dor
E o teu lugar.
Amanda,
Perdi pela viagem
As forças e a coragem,
A imagem do que eu sou...
E o que eu sou,
O que escondeu a única verdade,
O que perdeu a última metade,
Amanda, o que partiu e desertou.
Te amando, te amando,
Vou esquecer a inútil liberdade,
Que eu sonhei ver nas luzes da cidade,
Amanda, vou te enfeitar de tanto amor!
Perdi pela viagem as forças,
as forças e a coragem,
E a imagem do que eu sou,
do que eu sou...
E o que eu sou,
O que escondeu a única verdade
O que perdeu a última metade,
Amanda, o que partiu e desertou.
Te amando, te amando,
Vou esquecer a inútil liberdade,
Que eu sonhei ver nas luzes da cidade,
Amanda, vou te enfeitar de amor!
Recadinho da Fátima Jaborandy

ILUSÕES DA VIDA
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
MAL ACOSTUMADO

Araketu
Amor de verdade eu só senti
Foi com você meu bem
E todas as loucuras desse nosso amor
Você me deu também
Você faz parte da minha vida
E fica tão difícil dividir
Você de mim
E quando faz carinho e me abraça
Aí eu fico de graça
Te chamando pra me amar... ah
Mal acostumado
Você me deixou
Mal acostumado
Com o seu amor
Então volta
Traz de volta o meu sorriso
Sem você não posso ser feliz
Mal acostumado
Você me deixou
Mal acostumado
Com o seu amor
Então volta
Traz de volta o meu sorriso
Sem você não posso ser feliz
Amor de verdade eu só senti
Foi com você meu bem
E todas as loucuras desse nosso amor
Você me deu também
Você faz parte da minha vida
E fica tão difícil dividir
Você de mim
E quando faz carinho e me abraça
Aí eu fico de graça
Te chamando pra me amar... ah
Mal acostumado
Você me deixou
Mal acostumado
Com o seu amor
Então volta
Traz de volta o meu sorriso
Sem você não posso ser feliz
Mal acostumado
Você me deixou
Mal acostumado
Com o seu amor
Então volta
Traz de volta o meu sorriso
Sem você não posso ser feliz
Mal acostumado
Você me deixou
Mal acostumado
Com o seu amor
Então volta
Traz de volta o meu sorriso
Sem você não posso ser feliz
VIDA CIGANA
Raça Negra
Composição: Geraldo Espíndola
Oh, meu amor!
Não fique triste...
Saudade existe pra quem sabe ter,
Minha vida cigana me afastou de você,
Por algum tempo que eu vou ter que viver por aqui, longe de você,
Longe do seu carinho...
E do seu olhar, que me acompanha já tem muito tempo
Penso em você a cada momento
Sou água de rio que vai para o mar
Sou nuvem nova que vem pra molhar essa noiva que é você
Pra mim você é linda
Dona do meu coração
Que bate tanto quando te vê
É a verdade que me faz viver
O meu coração bate tanto quando te vê
É a verdade que me faz viver
Repetir Tudo
O meu coração bate tanto quando te vê
É a verdade que me faz viver...
O meu coração...
AI QUE SAUDADE D'OCÊ
Ai Que Saudade D'ocê
Fagner
Composição: Vital Farias
Não se admire se um dia,
um beija flor invadir
A porta da tua casa,
te der um beijo e partir
Foi eu que mandei o beijo
que é pra matar meu desejo
Faz tempo que eu não te vejo,
ai que saudade d'ocê
Se um dia ocê se lembrar,
escreva uma carta pra mim
Bote logo no correio,
com frases dizendo assim
Faz tempo que eu não te vejo,
quero matar meu desejo
Lhe mando um monte de beijo
ai que saudade sem fim
E se quiser recordar
aquele nosso namoro,
quando eu ia viajar
Você caía no choro,
eu chorando pela estrada,
mas o que eu posso fazer
trabalha é minha sina
eu gosto mesmo é d'ocê
Nervos de Aço
Nervos de Aço
Fagner
Composição: Lupcínio Rodrigues
Você sabe o que é ter um amor, meu senhor
Ter loucura por uma mulher
E depois encontrar este amor, meu senhor
Nos braços de um outro qualquer
Você sabe o que é ter um amor, meu senhor
E por ele quase morrer
E depois encontrá-lo em um braço
Que nenhum pedaço do seu pode ser
Há pessoas com nervos de aço
Sem sangue nas veias e sem coração
Mas não sei se passando o que passo
Talvez não lhe venha qualquer reação
Eu não sei se o que trago no peito
É ciúme, despeito, amizade ou horror
Eu só sei é que quando eu a vejo
Maria Luiza/ fagner
Fagner
Foi o destino quem quis
Dar-te ares de duquesa
Dois olhinhos de turquesa
E nome de imperatriz
Olhar que voa cantando
Um coração quando passa
Dentro das veias vibrando
O sangue da velha raça
Pra explicar-te a frase cai
Sem que a razão acompanhe
Se o fino encanto do pai, se o claro espírito da mãe
Mas pensando em tua graça
Que o alto céu aprontou
Eu sei que nela perpassa
A velha verve do avô
Talvez o tempo decida
Num belo dia que verei
Tu ires fazer a vida com quem tem nome de rei
PERFECT/TRAD
Simple Plan
Composição: David Desrosiers
Hey dad look at me
Think back and talk to me
Did I grow up according to the plan ?
And do you think I'm wasting my time doing things I wanna do?
But it hurts when you disapprove all along
And now I try hard to make it
I just wanna make you proud
I'm never gonna be good enough for you
I can't pretend that
I'm alright
And you can't change me
'Cause we lost it all
Nothing lasts forever
I'm sorry
I can't be perfect
Now it's just too late
And we can't go back
I'm sorry
I can't be perfect
I try not to think
About the pain I feel inside
Did you know you used to be my hero?
All the days you spent with me
Now seem so far away
And it feels like you don't care anymore
And now I try hard to make it
I just wanna make you proud
I'm never gonna be good enough for you
I can't stand another fight
And nothing's alright
'Cause we lost it all
Nothing lasts forever
I'm sorry
I can't be perfect
Now it's just too late
And we can't go back
I'm sorry
I can't be perfect
Nothing's gonna change the things that you said
Nothing's gonna make this
right again
Please don't turn your back
I can't believe it's hard
Just to talk to you
But you don't understand
'Cause we lost it all
Nothing lasts forever
I'm sorry
I can't be perfect
Now it's just too late
And we can't go back
I'm sorry
I can't be perfect
'Cause we lost it all
Nothing lasts forever
I'm sorry
I can't be perfect
Now it's just too late
And we can't go back
I'm sorry
I can't be perfect
PERFEITO/TRAD
Pense no passado e me diga
Eu cresci de acordo com os seus planos?
E você pensa que eu estou desperdiçando o meu tempo fazendo coisas que eu gosto de fazer?
Mas machuca quando você desaprova tudo
E agora tento ficar bem
Eu apenas queria fazer você se sentir orgulhoso
Eu nunca serei bom o suficiente pra você
Eu não consigo fingir que
Eu estou bem
E você não pode me mudar
Porque nós perdemos tudo
Nada dura para sempre
Me desculpe, eu não consigo ser perfeito
agora é apenas muito tarde
Nós não podemos voltar atrás
Me desculpe, eu não consigo ser perfeito
E tento não pensar
Sobre a dor que eu sinto interiormente
Você sabia que costumava ser o meu herói?
Todos os dias que você passou comigo
Agora parecem tão distantes
E parece que você não se liga mais
E agora eu tento ficar bem
Eu apenas queria fazer você se sentir orgulhoso
Eu nunca serei bom o suficiente pra você
Eu não consigo suportar outra briga
E nada está bem
Porque nós perdemos tudo
Nada dura para sempre
Me desculpe
Eu não consigo ser perfeito
E agora é apenas muito tarde
Nós não podemos voltar atrás
Me desculpe
Eu não consigo ser perfeito
Nada vai mudar as coisas que você disse
Nada vai fazer isso certo novamente
Por favor não vire as costas
Eu não consigo acreditar que é tão difícil
Somente falar com você
Mas você não entende
Porque nós perdemos tudo
Nada dura para sempre
Me desculpe
Eu não consigo ser perfeito
E agora é apenas muito tarde
Nós não podemos voltar atrás
Me desculpe
Eu não consigo ser perfeito
Porque nós perdemos tudo
Nada dura para sempre
Me desculpe
Eu não consigo ser perfeito
E agora é apenas muito tarde
Nós não podemos voltar atrás
Me desculpe
Eu não consigo ser perfeito.
Luzia Profeta adora esta poesia

A Orgulhosa
N’um baile Deixa-te disso, criança.
Deixa-te de orgulho, sossega:
Olha que o mundo é um oceano
Por onde o acaso navega.
Hoje, ostentas nas salas
As tuas pomposas galas,
Os teus brasões de rainha.
Amanhã, talvez, quem sabe ?!
Esse teu orgulho se acabe,
Seja-te a sorte mesquinha.
Ainda há pouco pedi-te...
Pedi-te para valsar...
Disseste é plebeu, é pobre,
Não me quiseste aceitar !
No entretanto ignoras
Que aquele a quem tanto adoras,
Que te conquista e seduz,
Embora seja da nata,
É plena figura chata,
É fósforo que não dá luz !
Deixa-te disso, olha bem:
Que a sorte dá, nega e tira !
Sangue azul, avós fidalgos
Já neste século é mentira:
Todos nós somos iguais,
Os grandes, os imortais.
Foram plebeus, como eu sou,
Ouve mais esta lição:
Grande foi Napoleão,
Grande foi Victor Hugo.
Que serve nobre família,
Linhagem pura de avós,
Se o sangue dos reis é o mesmo
O mesmo que corre em nós ?
O que é belo e sempre novo
É ver-se o filho do povo
Saber lutar e subir
De braços dados com a glória,
Pra o Pantheon da história
Pra conquistar o porvir
De nada vale o que tens
Que não me podes comprar !
Ainda que possuísses
Todas as pérolas do mar !
És fidalga, eu sou poeta,
Tens dinheiro, eu completa
Riqueza no coração;
Não troco uma estrofe minha
Por um colar de rainha
Nem por troféus de latão.
Agora sim, já é tempo
De te dizer quem sou eu:
Um moço de vinte anos
Que se orgulha em ser plebeu;
Um lutador que não cansa,
Que ainda tem esperança
De ser mais do que hoje é:
Lutando pelo direito,
Pra esmagar o preconceito
Da fidalguia sem fé.
Por isso quando me falas
Com esse desdém e altivez...
Rio-me tanto de ti,
Chego a chorar muitas vezes...
Chorar sim, porque calculo
Nada pode haver mais nulo
Mais degradante e sem sal,
Do que a mulher presumida
Tola, vaidosa, atrevida.
Soberba, inculta e banal.
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
Creia
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Salmo-30 é poderoso !

Exaltar-te-ei, ó SENHOR, porque tu me exaltaste; e não fizeste com que meus inimigos se alegrassem sobre mim.
SENHOR meu Deus, clamei a ti, e tu me saraste.
SENHOR, fizeste subir a minha alma da sepultura; conservaste-me a vida para que não descesse ao abismo.
Cantai ao SENHOR, vós que sois seus santos, e celebrai a memória da sua santidade.
Porque a sua ira dura só um momento; no seu favor está a vida. O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã.
Tu, SENHOR, pelo teu favor fizeste forte a minha montanha; tu encobriste o teu rosto, e fiquei perturbado.
A ti, SENHOR, clamei, e ao Senhor supliquei.
Ouve, SENHOR, e tem piedade de mim, SENHOR; sê o meu auxílio.
Tornaste o meu pranto em folguedo; desataste o meu pano de saco, e me cingiste de alegria,
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. SENHOR, meu Deus, eu te louvarei para sempre.
Nossa oração de criança, quando estavámos em apuros...e dava muito certo.
domingo, 6 de setembro de 2009
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Os cisnes

" Os Cisnes "
A vida, manso lago azul, algumas
vezes, algumas vezes mar fremente,
tem sido para nós, constantemente,
um lago azul, sem ondas, sem espumas.
E nele, quando, desfazendo brumas
matinais, rompe um sol vermelho e quente,
nós dois vogamos indolentemente
como dois cisnes de alvacentos plumas.
Um dia, um cisne morrerá por certo.
Quando chegar esse momento incerto
no lago, onde talvez a água se tisne,
- que o cisne vivo, cheio de saudade,
nunca mais cante, nem sozinho nade,
nem nade nunca ao lado de outro cisne.
Júlio Mário Salusse
Bom Jardim, Município de Nova Friburgo
in
"Os Mais Belos Sonetos que o Amor Inspirou"
J.G . de Araujo Jorge - 1a ed. 1963
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Revoluçao da alma / Aristóteles - 360ac

Aristóteles (texto escrito no ano 360 a.C
Amanda/ Feliz Anivesário

Antônio Marcos
Composição: Taiguara
Amanda,
Vencido em meu castigo,
Eu trago a paz comigo
De volta pra ficar.
Amanda,
Recolhe meus pedaços,
Me acolhe nos teus braços,
Tome espaço dessa dor
E o teu lugar.
Amanda,
Perdi pela viagem
As forças e a coragem,
A imagem do que eu sou...
E o que eu sou,
O que escondeu a única verdade,
O que perdeu a última metade,
Amanda, o que partiu e desertou.
Te amando, te amando,
Vou esquecer a inútil liberdade,
Que eu sonhei ver nas luzes da cidade,
Amanda, vou te enfeitar de tanto amor!
Perdi pela viagem as forças,
as forças e a coragem,
E a imagem do que eu sou,
do que eu sou...
E o que eu sou,
O que escondeu a única verdade
O que perdeu a última metade,
Amanda, o que partiu e desertou.
Te amando, te amando,
Vou esquecer a inútil liberdade,
Que eu sonhei ver nas luzes da cidade,
Amanda, vou te enfeitar de amor!
" Poema da Independência "

" Poema da Independência "
Oliveira Ribeiro Netto
O português veio de longe, de terras de além-mar,
e trouxe uma cruz de sangue nas velas cor de luar.
Ele era velho, mas tinha a alma forte,
e várias vezes afrontara a morte
nas incursões dos mouros pelo seu pais.
Tinha no sangue a nobreza dos cavaleiros d’EL Rei Don Luiz.
O acaso o trouxe num veleiro,
e ele viu que sob a proteção doirada do cruzeiro
uma cabocla vivia entre a folhagem,
livre como o vento ou como o jaguar selvagem
nas suas correrias pelo campo em fora,
coroada de penas de tucano cor de aurora,
os membros de bronze banhados de luz.
E ele via que a forca do seu arcabuz
era maior que a da flecha emplumada da aljava,
e pôs nos punhos morenos algemas de escrava.
E a cabocla, ao toque do boré,
nas noites de luar não pode mais dançar a puracé,
e nem correr pelos bosques bravios,
nem investir contra a fúria dos rios
na piroga que ela governava.
O Branco dissera: Tu és minha escrava!
E o eco afirmara : escrava... escrava. . ..
Para o português eram os melhores frutos que colhia,
as pepitas de ouro que ela descobria,
toneladas sangrentas de pau-brasil,
diamantes de luz e safiras de anil.
Para ele a beleza, a força, a agilidade:
A velhice dominando a mocidade.
Mas com o tempo nos músculos de bronze cresceu a resistência,
quebraram-se as cadeiras, raiara a independência!
A índia era livre, as terras de norte a sul
eram dela! A Guanabara azul,
os lençóis verdes dos pampas,
os cafezais paulistas, as rampas
recheadas de ouro das serras mineiras,
as praias do norte eriçadas de palmeiras,
ondulações verdes de canaviais,
quilômetros e quilômetros de cúpulas verde-amarelas de ipês e seringais,
alvoradas vermelhas, tardes cheirando a flor,
tudo era dela!
A Liberdade! O seu primeiro anseio de nacionalidade,
a Liberdade, o seu primeiro amor!
(Antologia da Nova Poesia Brasileira - J.G . de Araujo Jorge - 1a ed. 1948)
Primavera / Olavo Bilac

Olavo Bilac
Ah! quem nos dera que isso, como outrora,
inda nos comovesse! Ah! quem nos dera
que inda juntos pudéssemos agora
ver o desabrochar da primavera!
Saíamos com os pássaros e a aurora,
e, no chão, sobre os troncos cheios de hera,
sentavas-te sorrindo, de hora em hora:
"Beijemo-nos! amemo-nos! espera!"
E esse corpo de rosa recendia,
e aos meus beijos de fogo palpitava,
alquebrado de amor e de cansaço....
A alma da terra gorjeava e ria...
Nascia a primavera...E eu te levava,
primavera de carne, pelo braço!
Celebração à vida/ autor desconhecido
A vida é curta,
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Os Ombros Suportam o Mundo

Os ombros suportam o mundo
Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.
Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.
Ficaste sozinho, a luz apagou-se,
mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas de teus amigos.
Pouco importa venha velhice, que é a velhice?
Teus ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossegue
e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo,
prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação.
terça-feira, 1 de setembro de 2009
Mamãe se inspirou assim pra me dar este nome
MARISE,
HOJE VIVO A SONHAR,
QUANDO EM TI A PENSAR,
DE EMOÇÃO ESTREMEÇO E COMEÇO A CHORAR
OUTRORA,
NOSSAS JURAS DE AMOR
TINHAM TODO CALOR
DE QUEM SENTE A TERNURA E A
VENTURA DE AMAR
PERDI O MEU IDEAL
MARISE,
HOJE CANTO A ENGANAR
NA LOUCURA DE AMAR
A QUEM TANTO ADOREI
COMO A SANTA NO ALTAR